[FP] Alexander Kingsley

Nome completo: Alexander Kingsley
Idade: 16
Natural de : New York (EUA)
Criado em : New Jersey (EUA)
Nome do progenitor mortal: Alice Kingsley
Características Físicas: Magro e alto, com pele delicada e pálida que acaba dando destaque para as fortes olheiras escuras e olhos pretos. Tem cabelo loiro sempre bagunçado e roupas normalmente leves, não se importando com a aparência mas sim com o conforto que elas venham a oferecer. Apesar aparência fraca, como se não fosse capaz de aguentar muito peso ou danos ao corpo, é mais resistente do que parece. Possui uma cicatriz no rosto, logo abaixo do olho esquerdo.
Características Psicológicas: Alexander não faz o tipo "ativo" em nenhum aspecto, não costuma se comunicar ou se mexer, muito menos se importar com qualquer uma dessas coisas. Não segue as massas nem luta contra elas, mantendo-se o máximo possível em sua neutralidade e inércia, atraindo assim o mínimo de atenção e proximidade possível de qualquer pessoa para perto dele. Não costuma se importar em fazer amigos pois todo o período em que ele está acordado é motivo para que esteja mau-humorado pois só consegue paz durante o sono, onde encontra uma parte totalmente oposta à que mostra aos outros, pois aprendeu a sempre esconder qualquer chance de sentimento ou felicidade, pois as pessoas à sua volta não gostavam de ver isso e os bons sentimentos que mantinha guardado dentro dele para o período do sono seria algo que ninguém poderia lhe tomar.
Cite três deuses que você não queria que fossem seu progenitor : Ares, Hefesto e Hermes.


A origem do semideus:



Eu odeio essa história... A minha história. Odeio principalmente porque é dela que lembro todos os dias de minha vida no terrível momento em que meu corpo me obriga a acordar e sou forçado a viver o que chamam de realidade mais uma vez. Mas acho que nesse momento é necessário que alguém além de mim saiba o que é ser eu, meu nome é Alexander Kingsley, e esse é meu passado.
Pelo que me disseram eu nasci em New York, a tal cidade promissora com a qual muitas pessoas em todo o mundo futilmente sonham, mas acho que desde a minha nascença isso me foi negado pois parentes distantes que se negaram a me criar me mandaram para um orfanato em New Jersey, e digamos que não há muitas pessoas sonhando com essa cidade por aí, principalmente com a parte em que morei nos meus últimos dezesseis anos de vida, se é que isso pode se chamar de vida.
Normalmente pessoas que viveram em lugares assim e nunca conheceram suas mães tem histórias extremamente comoventes e tristes para contar. Mas eu realmente nunca me importei com isso, tudo o que sei de minha mãe é seu suposto nome, Alice Kingsley e o fato de que ela está morta. Além disso, durante toda a minha infância e juventude no orfanato, minha participação naquele meio se reduzia à insignificância. Eu era o bebê que não chorava, a criança que não brincava e o jovem que não conversava ou arranjava confusões, a não ser quando um garoto hiperativo tentou arrancar meu olho com um caco de vidro. O máximo que ele conseguiu foi um arranhão profundo no rosto antes que com um tapa meu ele caísse desacordado ao chão, só conseguindo acordar uma semana depois sem a menor lembrança do que havia acontecido. Bem, ninguém costumava falar comigo por ali, mas pelo menos depois daquilo também não iriam me incomodar.
Honestamente não há nada a se citar de significativo além disso, apenas dormir, acordar e passar o dia afastado de todos, inerte onde estivesse, apenas aproveitando o que minha imaginação poderia me dar para uma fuga temporária de tudo aquilo. Quando meus dezesseis anos chegaram, por um breve momento passou pela minha cabeça a possibilidade de que eu não fosse ser adotado, que na verdade foi apenas uma recordação da certeza que sempre tive. E ironicamente esse pensamento deve ter atraído a presença de um estranho homem de terno, pernas tortas e expressão nervosa procurando urgentemente por mim. E mesmo para uma pessoa inexpressiva como eu, era evidente a surpresa que eu sentia por saber que alguém ao menos sabia que eu existia, o meu nome e ainda por cima o lugar onde eu morava. Mas essa era, com certeza, a menor das surpresas que me esperava a partir daquele dia.