{FP} - Violet Blanchard

Nome completo: Violet Layne Mors Blanchard
Idade: 15
Local de Nascimento: Salt Lake City - Utah
Nome do progenitor Mortal:
Henry J. Mors BlanchardCaracteristicas Fisicas do Personagem: De baixa estatura, cabelos longos, castanhos-claros, olhos verdes e riscados de dourado, bem magra, mas saudável; pele branca e sem músculos definidos.
Características Psicologicas do Personagem: Obstinada. Nunca foi muito amigável e não gosta de muita companhia, nem de muita atenção. É mentalmente sã, mas costuma não trocar muitas palavras quando não confia plenamente em alguém. No geral, pode-se dizer que é complicada.
Cite três deuses que você não queria que fossem seu progenitor : Afrodite, Deméter, Perséfone



Narre sua chegada ao acampamento
Ótimo. Violet achava que suas chances de sobrevivência residiam em permanecer ao lado de Wicked aconteça o que acontecer. Aquela era uma regra que criara para si mesma, e era imprescindível. Mas aquilo aparentemente não era possível, quando se perdeu de Wicked. Isso me deixa com 0 chances de vida. Ainda assim, corria. Corria para a direção que achava ser a certa. Tinha perdido a rota, perdido o sátiro no Brooklyn, perdido Wicked e – pior – perdido o bastão de baseball.
Oito dias antes, Violet descobrira que era uma semideusa. Pareceu uma boa coisa no começo, mas, quando as coisas – não gostava de falar "monstros", então pensava neles como "coisas" – repararam nela, um delicioso jantar meio-sangue, sua diversão acabou por algum tempo. Por pouco tempo, porque Wicked aparecera.
Wicked era o codinome da garota de Massachusetts, e com quem tinha formado uma dupla razoavelmente boa. Wicked era melhor com as armas, mas – Violet gostava de pensar assim – Stubborn era a melhor corredora. Não gostava do codinome que a outra garota escolhera; Violet era teimosa demais para admitir que era teimosa. Também não gostara da ideia dos codinomes, mas depois deixou de se importar. Imaginava que fossem morrer em breve, ou que ela morreria sozinha em breve enquanto Wicked matava alguma coisa.
A coisa silvou dessa vez, ao invés de rugir, e um daqueles espinhos do tamanho de um punhal passou a três centímetros de sua orelha esquerda. Resolveu continuar, para frente e para cima, porque sentia que sua adorável viagem acabaria em breve, de um jeito ou de outro. Vou chegar lá, pensou, ou vou morrer. Sabia que devia ir à Colina Meio-Sangue, mesmo que não soubesse onde ficava. O garoto-bode falara algo sobre o lugar antes de levar uma pancada na cabeça e, eventualmente, participar do jantar de um ciclope, no Brooklyn. “Uma colina com um pinheiro no topo”, tinha repetido por algumas noites antes de dormir. Parecia idiota, mas repetia assim mesmo.
A coisa atrás dela rugiu, ou pelo menos ela achou que fosse um rugido. Sr. Cabeça de Leão, o atirador de mísseis, não desistira de persegui-la. Tudo o que pôde fazer foi correr, embora suas pernas parecessem adormecidas e cada vez mais pesadas. Parecia estar correndo em círculos como algum tipo de inseto idiota. Resolveu mudar e direção, indo mais para o alto quanto conseguia. Alguma coisa em sua mochila pesava mais do que devia. Repentinamente, a voz de Wicked soou em sua cabeça. "É melhor que você esteja sempre armada", ela disse, "caso haja uma emergência". Uma luz se acendeu na cabeça de Violet. Oh, Deuses. Tenho uma .38 aqui. Sentiu-se muito estúpida e, desajeitadamente, tirou a mochila das costas e rapidamente tirou a arma dali.
Violet continuou a subir, enquanto mais projéteis venenosos eram atirados e por pouco não a acertavam. Pinheiros não eram exatamente raros, mas aquele era um pinheiro específico, no topo da tal colina. Agora já armada, sentiu-se segura, embora fosse uma vergonha usando armas. Pelo menos sabia engatilhar, e já não era empurrada para trás quando disparava. Agora faltavam cerca de trinta metros para chegar ao topo. A coisa saiu do meio das árvores e pôde vê-la por inteiro pela primeira vez.
Parecia humano, mas o corpo era muito errado. Com sobressalto, a garota percebeu que era um corpo de leão. Quase que por impulso, engatilhou a arma e atirou sem mirar, e o som perfurou seus tímpanos.
Seguindo o disparo, a coisa urrou e ela ficou satisfeita por tê-la acertado, até que ela contra-atacou com um de seus espinhos, e Violet soube que dessa vez iria ser atingida. E foi atingida em cheio no ombro esquerdo, sentindo a dor lancinante que vinha com o espinho. Havia algo mais, que queimava como ácido. A coisa investiu contra ela, mais raivosa, porém movendo-se mais vagarosamente do que antes. Não conseguiria engatilhar de novo, seria um milagre se conseguisse. Com aqueles sete metros de diferença, até uma atiradora medíocre conseguiria pegá-lo. Mas não tinha tempo. Acabou.
Então algo silvou vindo de trás de seu ombro machucado ao mesmo tempo em que era arrancava o espinho. Mais e mais flechas que pareciam vir de cima ficaram em volta da criatura, mas algumas acertaram seu torso e ele urrou novamente.
Ela olhou para trás e viu os arqueiros a postos, sentindo-se confusa. O tiro, seu ombro queimava, sentia-se mais pesada e lenta do que o normal. O tiro os trouxe aqui. Continuou, fora da linha de tiro das flechas, colina acima. Na direção do pinheiro, um passo, depois outro. Percebeu como estava cansada e dolorida. Parecia que só tinha prorrogado a morte pela criatura. Achava que estaria morta pelo veneno em breve. Por fim, chegou ao topo da colina, onde, além dos arqueiros, muitos outros tinham se juntado para assistir. Violet, cujas pernas pareciam mais molengas e enroladas, tropeçou e caiu por cima de outra garota. Um segundo depois, decidiu que preferia o chão.
Ela empurrou Violet para longe, que, sem saber de onde, encontrou equilíbrio e permaneceu de pé, protegendo o machucado no ombro. A garota era alta, mais velha do que Violet, com cabelos e olhos escuros, parecia quase cruel. E a olhava com desprezo, e algo mais. Superioridade.
-Não espere boas vindas – disse a garota, enquanto lhe dava as costas e andava para longe do tumulto no topo da colina.