Ficha de Reclamação de Megan Harriston

por Megan Harriston Ter Abr 09, 2013 8:30 pm

Megan Harriston

Ficha de Reclamação

Nome completo: Megan Harriston

Idade: 16 anos

Local de Nascimento: New York

Nome do progenitor Mortal: Morgan Harriston

Características Físicas do Personagem: Olhos azuis, cabelos loiros,longos e cacheados, rosto angelical, pele clara e levemente bronzeada, físico definido pelas várias aulas de luta e malhação.

Características Psicológicas do Personagem: Piadista, agitada e leal, muda constantemente de opinião e personalidade.

Cite três deuses que você não queria que fossem seu progenitor : Tique, Nêmesis e Atena (E os homens, já que meu progenitor é homem)

Narre sua chegada ao acampamento:

Eu estava fazendo uma prova de química.
Olhei no relógio e vi que só faltavam cinco minutos para o fim da aula, estávamos no ultimo período, só faltava uma questão.
Terminei as pressas e entreguei para a professora

_Letra bonita e bem organizado, mais um trabalho excelente, como sempre. Certo Harriston? _Disse Sra. Garcia_ Notei que não está utilizando o uniforme escolar, poderia saber o por que?

Realmente, eu estava usando uma camiseta regata preta com um colete cinza por cima, e calças jeans.
Eu tinha marcado de ir ao centro da cidade com minha amiga Renata, por isso tinha ido preparada.

_Desculpe professora, virei de uniforme amanhã_Respondi sorrindo.

Guardei o material e saí da sala, caminhando para o refeitório, para almoçar e ir para a aula de arco e flecha.

_Megan! _Ouvi a voz de meu pai, de fora da escola _ Megan, venha!

_Pai, o senhor sabe que eu tenho aula de arco e flecha agora, por que veio? _O fitei, estranhada_ E de moto? Você só usa a moto quando está com muita pressa... O que aconteceu?

_Sem tempo para explicações, filha_Ele disse, estava pálido_ Ponha o capacete e suba na moto.

Meu pai nunca ficou daquele jeito, ele costuma ser calmo e divertido, sempre descontraído e brincalhão.
Com todo o respeito, meu pai era a pessoa mais bonita que eu já vira, ele era loiro, como eu, e tinha olhos verdes que brilhavam contra a luz do sol, era forte e alto.
Se eu não fosse lésbica e tivesse 29 anos, eu casaria com ele.

Pus o capacete e subi na moto, queria realmente saber o que está acontecendo.

Meu pai nunca me interromperia no meio de uma aula de proteção pessoal, ele mesmo me colocou em todas as que eu frequento, eu fico 10 horas fora de casa, tinha aula de kung-fu, karatê, sumô (Mesmo comigo não concordando em ficar agarrando homens), esgrima, arco e flecha e malhação. Tinha uma aula de defesa pessoal por dia, de segunda a sábado.

Minha vida inteira fora um total treinamento, corpo e mente, parece que meu pai sabe que irá acontecer a terceira guerra mundial e quer me por pra lutar.

Já estávamos a 20 quilômetros da escola, meu pai estava a 130km/h, ele nunca havia feito isso antes...

De repente, ele parou a moto na frente da nossa casa, desceu e me mandou cuidar da moto.
Peguei as chaves e pus no pescoço, como colar, por segurança, e os capacetes um em cada mão segurados pela corda debaixo.

_Pai, me explique, o que está acontecendo?_Perguntei

_Eles te descobriram, precisamos sair da cidade, do país._Falou meu pai, com tom de preocupado.

_Quem me descobriu?_Disse, assustada

Não ouve respostas dessa vez, apenas um som de metal cortando o ar e um grito abafado.

_Pai?_Gritei_ Pai, responda!

Ouvi um rosnado vindo de dentro da casa, lá de dentro eu vi sair uma criatura enorme, com um só olho, que se abaixou e virou-se de lado para passar pela porta, ele estava segurando um machado sujo, que pingava sangue.

_Devorei seu pai, e você é a próxima._Disse a criatura.

Eu já tinha lido sobre esta criatura em algum lugar, um gigante de um só olho...

Ciclope.

Puxei a chave de meu pescoço, rasgando sua corda, pus rapidamente um dos capacetes e atirei o outro no olho do monstro, que berrou e levou as mãos ao rosto.
Liguei a moto e acelerei, tirei minha carteira de motorista assim que completei 16, também forçada pelo meu pai, que me ensinou até como pilotar avião de caça.

Desabei em lágrimas, mas continuei focada em dirigir, eu estava indo para a casa da minha tia Sarah, ela fora minha mãe durante toda a minha vida.
Meu pai não tivera mais esposas depois que minha mãe partiu, ele dissera que ela era a mulher mais bonita de todas, e que sua partida para ele fora muito dolorosa, ele não queria sentir aquilo nunca mais.

Ela fugiu quando eu tinha quatro meses...

Eu estava na metade do caminho para a casa de minha tia, agora que eu tinha finalmente aberto os olhos para o que acontece ao meu redor, percebi que eu estava rodeada de monstros, desde estudantes com asas até professoras com garras maiores que suas cabeças

Eu estava a 150km/h, e só me faltavam 10 quilômetros até a casa de Sarah.

Cheguei, desliguei a moto e pus a chave no bolso, deixei o capacete sobre o banco e corri para dentro da casa.

Contei tudo para minha tia, ela manteve a calma quando eu a contei sobre o que houve com o meu pai, mas eu vi uma lágrima saindo do olho direito dela.
Ela fora até seu quarto, pegou um porta-retrato antigo e o trouxe para eu olhar, nele eu podia observar um casal sentado na beira da praia, eu reconheci meu pai, ele deveria estar com 20 anos na época...
Percebi que a mulher sentada ao lado dele estava grávida.

_Esta é minha mãe?_Perguntei.

_Sim. _Tia Sarah disse e respirou fundo_ E também é uma deusa.

_Tia, pare de graça, é sério._Eu a disse, séria.

_Não estou brincando_Ela disse, pondo as mãos sobre as minhas_ Você é uma semideusa.

_Então foi por isso que meu pai me obrigou a aprender tantas coisas?_Eu a disse.

_Exatamente._Ela disse, levantando e se dirigindo até o um escada que levava ao sótão, ela passou um tempinho lá e então desceu novamente com uma caixa em mãos._Megan, você terá que partir, ir para longe daqui.

_Meu pai me disse algo como isso..._Segurei o choro.

_Sua mãe deixou algo pra você antes de partir._Abriu a caixa e retirou o papel-vegetal que cobria o objeto. Ali tinha uma adaga repousada sobre uma almofada, ela era dourada, tinha 25cm e uma escrita grega que não consegui decifrar na hora._ Pegue-a, irá precisar.

Retirei a adaga da caixa e observei nela meu reflexo - Eu estava pálida e assustada_ Pus a espada entre meu cinto e minha cintura.

_Obrigada..._Respondi, levantei do sofá e dei um beijo na bochecha de minha tia_ Obrigada por tudo.

_Megan, não quer tomar uma xícara de chá ou café?_Sarah me ofereceu

_Não, preciso ir_Respondi.

_Vá neste endereço, eles irão te abrigar._Ela pegou um papel e uma caneta e começou a escrever- Aqui, corra para dentro do lugar assim que você vir ele.

Peguei o papel, coloquei no bolso, percebi que meu iphone e o fone que eu ia levar para o centro da cidade com Renata estavam ali também e saí da casa.

Passei a manga da blusa nos olhos e disse a mim mesma que eu iria conseguir chegar viva, e que meu pai não teria ido a toa.

Respirei fundo, pus o capacete e subi na moto, liguei-a e parti para Long Island, Montauk.

Já havia anoitecido, deveriam ser sete, oito e meia, ou mais.
Pelo endereço que Sarah havia me passado, eu devia estar perto.

Observei um vulto no meio da estrada e reduzi a velocidade.
Reconheci a silhueta, era outro daqueles ciclopes.
Eu mantive distância, a noite estava nebulosa, e eu estava usando roupas escuras, acho que ele não me vira.
Estacionei a moto perto de uma árvore, guardei as chaves e tirei meu capacete.
Retirei a adaga do cinto e fui andando cautelosamente, tentando dar a volta no monstro.
A moto era muito barulhenta e iria chamar muita atenção.

_Eu estou sentindo seu cheiro _Ouvi a voz grossa e alta do ciclope ecoar e abafar qualquer outro som._Saia e lute como homem!

Eu sou uma mulher, idiota.

Apressei o passo e continuei indo até o endereço, eu estava a alguns metros do local que Sarah me indicou.
Ouvi passos tremerem o chão, o monstro estava vindo.

Me preparei, tentei lembrar de tudo que já tinha aprendido até agora nas aulas que fizera e fiquei em posição de ataque, com a adaga na mão direita.
Eu vi o vulto se aproximando, ele deveria ter dois metros e meio, era gordo e tinha a pele esverdeada, seu olho era castanho e seus dentes estavam sujos de sangue.
Ele tinha uma clava com pregos virados para fora - Clássico.
Ele estava se aproximando correndo.
Seis metros, cinco metros, quatro metros, três metros...
Me preparei para saltar, quando vi ele nem perto nem longe demais, pulei, cravei a adaga em sua barriga, tomei impulso sobre o ombro do ciclope e chutei sua nuca, pulando por trás dele, enfiando novamente a adaga em suas costas e rasgando-a até a sua cintura, arrancando a espada de suas costas e caindo de pé no chão atrás dele.

O gigante ganiu , ajoelhou-se e levou uma mão a barriga e tentou levar a outra as costas, mas não alcançou.
Ele levantou sua clava com dificuldade e tentou acertar-me, porém ele estava fraco e eu consegui desviar.
O ciclope conseguiu acertar um golpe horizontal não muito forte na minha perna esquerda, mas cravando um prego enferrujado nela.

Gritei baixinho, virei a lâmina ensanguentada da adaga para baixo e a cravei em sua coxa.
Rasguei uma parte de minha blusa com a adaga e enrolei o pedaço de pano na minha perna rapidamente, enquanto o gigante tentava estancar o sangue dele com as mãos.
Ajustei a blusa dando um nó nela pouco abaixo de meus seios, deixando a barriga a mostra.

Limpei o sangue do monstro espirrado no meu rosto e voltei a tentar matar a criatura.
Fiz outro corte horizontal na altura do umbigo, abri o corte com as mãos e puxei seu intestino delgado para fora, cortando-o.

O ciclope ganiu, levou as mãos a barriga e logo caiu no chão, morto.

Peguei meu iphone e a adaga, pus minha playlist favorita para tocar, coloquei os fones e fui caminhando calmamente para a entrada do acampamento.

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