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[FP] Olivia Grantair

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Mensagem por Cassandra Naka Qua Abr 03, 2013 8:59 pm







Ficha de Reclamação

Nome completo: Olivia Jean Grantair
Idade: 16
Local de Nascimento: Detroit
Nome do progenitor Mortal: Marshall Grantair
Caracteristicas Fisicas do Personagem:
Olivia possui cabelos loiros, que batem na altura dos seios. Aparenta ser mais velha do que realmente é, o que sempre considerou um problema. Possui pele clara e olhos de um azul acinzentado.
Características Psicologicas do Personagem:
Liv é mais como uma tomboy. Sempre se deu melhor com os meninos e nunca se incomodou com isso. Não liga muito para coisas de garotas, embora adore sair a noite. Ela é altamente sociável, sarcástica e não dá a mínima para o que pensam de si.
Cite três deuses que você não queria que fossem seu progenitor : Afrodite, Athena e Nemêsis.



Narre sua chegada ao acampamento
.

Eu torcia o tecido de minha roupa, aflita.
Não era como se tivesse algo de estranho em estar sentada no banco do carro do meu pai, escutando The Beatles, presos no engarrafamento até o aeroporto.
A não ser pelo fato de eu não sair de casa a hora alguma no período de um ano. E por ser Abril. E ele ter um horário a cumprir no trabalho.
Eram somente cinco horas da manhã quando ele me acordou, chacoalhando meus ombros, derrubando meus fones e bagunçando ainda mais meu cabelo.
- Liv! Vamos, acorde. Nós precisamos partir. Agora! - Ele dissera, enquanto eu ainda tentava enxergar meu quarto.
Coloquei as primeiras roupas que vi em uma mochila, jogando meu Ipod e uma caixa de cigarros por cima de tudo.
Não é como se eu realmente ligasse para como eu me vestisse. Parecer com uma garota, ou até agir como uma garota não eram meus primeiros objetivos na vida, e isso explica perfeitamente o porque de eu entrar na equipe de esgrima e não para as líderes de torcida.
Meu pai insistira que eu tivesse treinamentos atléticos desde muito nova. Enquanto todas as meninas faziam balé, eu treinava arco e flecha, enquanto elas aprendiam a passar maquiagem eu aprendia como mirar uma faca nos alvos. Enquanto elas aperfeiçoavam aberturas e piruetas, eu melhorava meus golpes na esgrima. E assim fora minha vida inteira.
O carro finalmente parou na área de embarque do aeroporto.
Meu pai parecia mais desesperado do que de costume, o que era basicamente o tempo todo desde que eu completei 13 anos.
Eu nunca soube exatamente o porquê disso. Toda vez que eu perguntava ele me respondia com um "Não é nada, campeã" e me contava mais uma das histórias sobre mitologia grega que ele tanto amava.
Era impressionante o quanto ele sabia sobre isso, e mais impressionante ainda como ele me fez gostar de tudo aquilo quando eu ainda era bastante nova. Mas, como sempre, eu nunca fui muito normal ao ponto de saber apreciar contos de princesas.
Paramos em frente ao balcão de check-in meu pai soltando as palavras desesperadamente que nem eu conseguira entender.
- Precisamos estar no próximo voo para Nova Iorque. - ele disse quando se acalmou um pouco.
- Senhor, o próximo voo sai em 15 minutos. - a atendente falou sem interesse, mascando um chiclete e olhando para a tela do computador. - O check-in já foi encerrado.
- Nos coloque nesse voo. É uma questão de vida ou morte! - meu pai gritou, fazendo toda a fila atrás de nós nos encarar.
- Olha, senhor, eu não posso fazer nada e... - ela começou, mas eu a interrompi.
- Nos coloque nesse voo, a-g-o-r-a. - eu disse, sentindo uma leve briza passar ao meu redor.
Imediatamente, a atendente começou a digitar no computador, e fez as perguntas para preencher as passagens. Corremos até o portão de embarque, atropelando as pessoas que surgiam do nada em nossa frente.
Eu não tinha a mínima ideia de como fizera aquela mulher me obedecer. Ou como convencera a luz do meu quarto mudar de branca pra negra em um piscar de olhos. Ou como conseguira transformar os brincos que minha avó me dera de aniversário em fones de ouvido novos.
Isso simplesmente acontecia.
E o mais impressionante, meu pai não via nada de estranho nisso.
O voo até Nova Iorque foi turbulento, literalmente. Avisos sobre instabilidade no clima e coisas do tipo eram anunciados de minuto em minuto pelas comissárias de bordo. Meu pai tentava responder as palavras cruzadas contidas no final da revista do avião enquanto eu fingia que dormia.
Estava cansada dos comportamentos estranhos dele.
Já ia fazer um ano desde que todas as manias, surtos e instabilidades emocionais que ele sempre tivera pioraram, e ele fingia que estava tudo bem.
Eu sabia que tinha algo a ver comigo.
Eu já não mais podia sair de casa sozinha. Passara a ter aulas particulares e praticar todo tipo de luta que aprendera durante minha vida inteira diariamente. Para garantir que eu cumprisse a rotina inteira a risca, ele contratou uma espécie de governanta, a Meredith. Eu sabia que ele estava sofrendo para pagar tudo isso. O salário de professor universitário era bom, mas nem tanto. Me ofereci várias vezes para voltar a ter aulas no colégio, treinar em centros públicos, mas sair de casa não era uma opção.
Eu virei uma prisioneira.
Quando o avião finalmente pousou em terra, fui arrastada até um carro que meu pai previamente alugara.
A quanto tempo ele tinha planejado isso?
Seus dedos tamborilavam nervosamente no voltante. Ele suava frio e sua face estava contorcida de uma forma que eu não sabia dizer se era dor, medo, preocupação, ou os três juntos.
- Liv, eu sei que você não esperava isso... - ele começou.
- Ah, você acha? - disse, aborrecida.
- Eu te devo algumas explicações sobre esse último ano, e acho que sobre toda sua vida. - ele suspirou. - Se lembra de quando você era criança e vivia me fazendo perguntas sobre sua mãe e eu dizia que ela estava viajando? E quando você fez 7 anos eu disse que ela tinha morrido?
Acenei com a cabeça.
Claro que me lembrava. Era a minha mãe.
- Acontece que ela está viva, campeã. Ela é uma deusa grega, igual a das histórias que eu te contava. Ela está bem viva.
- O que?! - gritei. Podia sentir minhas orelhas pegando fogo, como sempre acontecia quando ficava com raiva.
- Ela não podia ficar conosco, por isso não ficou. Acho que nem se essa possibilidade existisse ela ficaria. - ele parou de falar por um segundo, e eu pude sentir a tristeza dessa afirmação atingindo um lugar em seu peito que eu sabia que nunca iria cicatrizar por completo. - Você é uma semideusa, minha filha. A junção perfeita entre o sangue mortal e o divino. Você está destinada a coisas grandes, a atos de heroísmo e é por isso que estamos aqui. Existe um acampamento, para filhos de deuses, assim como você. Antes de partir sua mãe me disse para trazê-la aqui quando completasse 12 anos, mas eu não consegui. Pensava que estaria segura se eu lhe treinasse eu mesmo, como eu fiz, mas semideuses nunca estão completamente seguros.
- Pai do que você.. - comecei mas ele me cortou.
- Um mês atrás sua mãe me mandou uma mensagem. Ela disse que você corria perigo, que monstros estavam começando a achar o caminho até você. Detroit é um lugar seguro, mas nem tanto.
O silêncio que se instalou depois daquilo foi constrangedor.
Eu não queria abandonar meu pai. Eu o amava, e mesmo que existisse uma versão do Xavier Institute For Higher Learning para semideuses eu não iria.
Eu queria ficar com meu pai, mas também queria viver.
- Pai, eu quero ficar com você. Vamos voltar pra casa. Eu prometo ficar lá sem reclamar. Nunca mais saio escondida do apartamento, por favor. Eu...
- Olivia Jean, você não entende? Você não vai estar segura em casa, você está segura aqui. E se você estiver segura, eu aguento não poder te ver todo dia. - ele disse eu pude ver uma lágrima solitária escorrer por seu rosto.
O carro finalmente parou em frente a uma colina. Nós dois descemos e ele entregou minha mochila, me abraçando logo em seguida.
Eu ia sentir falta daquilo. O amor do abraço de meu pai. Seu cheiro de sabão e giz de quadro. A maciez de seu casaco de veludo, velho e acabado, contra minha pele, significando tudo o que realmente importava para mim.
Família.
Meu rosto estava vermelho pelo choro, mas eu não me importava. Deixar meu pai para trás acabava comigo. Sempre fomos apenas nós dois. Era como abandonar uma parte de mim.
- No final dessa colina você deve encontrar o acampamento. - ele disse enxugando as lágimas de meu rosto. - Não olhe para trás, vai ser como aprender a andar de bicicleta. E mesmo que eu não esteja atrás de você quando você olhar, eu vou estar bem aqui. - ele disse cutucando o ponto onde se encontrava meu coração. - Eu te amo, campeã.
- Eu também te amo pai.
Nós nos abraçamos novamente e eu comecei a escalada.
Quem sabe eu não encontrasse uma forma de falar com meu pai? Um telefone público talvez.
A única verdade que existia naquele momento era que daqui pra frente minha vida seria uma icógnita, e só o futuro pra me dizer se isso seria bom ou ruim.

Essa postagem é original do camiseta laranja, por favor não copie
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Última edição por Olivia Grantair em Sáb Abr 06, 2013 6:49 pm, editado 1 vez(es)
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Mensagem por Hecáte Sáb Abr 06, 2013 2:34 pm

Olivia Grantair, reclamada como filha de Hecáte.
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