Missão- A Procura do Cereal Sagrado

Vamos ser sinceros, o que uma pessoa como eu poderia fazer em dias quentes, entediantes e chatos como aqueles? Bom, tempos três opções que podemos levar como aceitas. Primeiro, tirar o tempo para espancar  as proles do Tio Luz de Natal do chalé 07 que não se cansavam em fazer piadinhas sem sentido em relação ao meu chalé, aaah que ódio eu mantinha destes campistas desprezíveis desde que havia pisado pela primeira vez no acampamento,mas isso não vem ao caso. Segundo, poderia exercitar minha pratica com minha amada espada dentro de um treino na arena disponibilizada pelo camp ou a terceira e mais prazerosa opção, fazem ambas as coisas em uma unica ação. Que dúvida cruel...

Caminhava calmamente por entre os vários campistas inúteis que sismavam em me encarrar quando um pirralho parou em minha frente arfando como se não respirasse direito por muito tempo, ele estava pálido e aparentemente poderia desmaiar em qualquer estante. Segurei o garoto por um dos braços que em resposta sorrio deixando aqueles dentes amarelados a mostra:

- Cria do deus da guerra, Quiron deseja lhe dirigir  a palavra.

Ogaroto escapou por entre meus deuses e fugir da mesma forma que havia aparecido, fiquei por um tempo sem entender bem o que acara de acontecer, mas me coloquei a caminho da Casa Grande com a intensão de encontrar o velho centauro.

Eu estava de certa forma revoltada, como um deusa teria a coragem de pedir uma missão como aquela? Ir em busca de uma cereal raro não era tarefa de uma filha de Ares como eu. A voz de Quiron me ditando o pedido de Deméter me deixara com um inicio de dor de cabeça, aquele pedido era tosco de mais, porém, da mesma forma aceitei a tal "missão". Pelo menos espero que algo de útil me seja dado em troca...

Uma viagem, sim podemos considerar que seria uma pequena viagem em busca de um "cereal sagrado" para realizar os caprichos alimentares da deusa da fertilidade, realmente era o cumulo do absurdo, mas quem sou eu para jugar alguém imortal que além de tudo poderia acabar comigo com um estalar de dedos? Pois bem, como qualquer outra campista tudo que pude fazer após a saída de Deméter foi encarar o velho centauro que espera por alguma reação que valesse a pena de ser observada, porém, jamais fui o tipo de pessoa que expressava meus sentimentos além da raiva que cada dia que passa se torna algo incontrolável.

Adentrei pela porta do chalé 05 em passos pesados, teria de partir rápido para conseguir cumprir com a data que a deusa havia me dado, por mais que se tratasse de uma missão boba precisava me preparar para qualquer situação, desde as mais simples até as mais complexas. Sentei bruscamente em minha cama, respirei fundo permitindo que o ar fluísse bem em meus pulmões e por fim peguei minha espada que ha mim foi dada ao me revelar filha do deus da guerra... Sim filha de Ares, aliás, não foi tão difícil assim descobrir isso, mas isso já é outra história. Juntei dentro de um mochila qualquer algumas peças de roupa, dracmas, néctar e ambrósia além de alguns salgadinhos mortais que sempre me agradaram.

Tudo pronto. Prendi os curtos cabelos laranjados que sempre foram minha marca e me coloquei a caminho das fronteiras do acampamento, a partir de agora a unica companhia que teria era Navalha ( sim, minha espada de um nome próprio)

Armas Levadas: